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Sunday, September 30, 2012

Comentário: "o verdadeiro sentido da liberdade".



Bruno Braga.


Ao Sr. Newton Siqueira, colunista do Portal “Barbacena Online”, Membro da Academia Barbacenense de Letras e Assessor Leonístico de assuntos Culturais e Comunitários, sobre o item II – “O verdadeiro sentido da liberdade” - do seu artigo “Eleições” [1].

Acreditar que um vídeo desencadeou protestos, violência e destruição pelo Oriente Médio, é o mesmo que comparar o poder destrutivo de um peido com o de uma bomba de fissão nuclear. A consideração que fez sobre os fatos não apenas ofende o senso das proporções, mas despreza a própria observação das ocorrências, e dizem o contrário de documentos e informações que já previam o acontecido. Em outras palavras, o vídeo foi apenas um pretexto para justificar uma ação previamente arquitetada por grupos islâmicos revolucionários.

Quando você exige desculpas dos americanos – que, aliás, foram generosamente dadas –, está, simultaneamente, se colocando como instrumento de uma estratégia sutil: a reivindicação de um privilégio. Porque células destes grupos revolucionários islâmicos sentenciam, não apenas no Oriente Médio, mas dentro do território americano, a “morte ao Ocidente e morte ao Grande Satã”; queimam livremente em praça pública a bandeira do país que os acolheu; e lá mesmo, nos Estados Unidos, fundam campos de treinamento para ações terroristas.

Mas a questão não se resume a isso, Sr. Siqueira. Não falta gente para defender a “hipersensibilidade” muçulmana, estrategicamente estimulada pela histeria revolucionária; no entanto, raros são aqueles que denunciam o massacre de cristãos no Oriente Médio. Lá, Sr. Siqueira, os cristãos não são alvo de piadinhas bobocas, a religião deles não é ridicularizada em charges de jornais ou em filmes idiotas - eles estão sendo mortos, Sr. Siqueira, sim, mortos pelo simples fato de serem cristãos.

Ademais, a ilustração do Frei Betto é completamente descabida. Não é preciso colocar a cara do demônio no Cristo Redentor para ofender os cristãos, porque o paralelo que o próprio Frei Betto certa vez fez já é um insulto: comparar um genocida como Fidel Castro, um ogro responsável pela morte de mais de cem mil pessoas, a Jesus. E diga, Sr. Siqueira, quantas vezes Frei Betto protestou contra o fuzilamento de cristãos em Cuba? Fiéis que tinham que escolher: renunciar a sua fé ou serem mortos – e eles decidiram tombar gritando “Viva Cristo Rei!”

Enfim, Frei Betto não é somente um hipócrita, nem apenas uma pessoa perturbada – ele não é sequer um “Frei” -, mas é, enquanto “Intelectual”, um agente político comprometido com um projeto de poder, do qual faz parte a estratégica defesa da “hipersensibilidade” – e o controle da liberdade de expressão, para os seus adversários e opositores, claro -, que você está reproduzindo, Sr. Siqueira.

Atenciosamente,
Bruno Braga.

Belo Horizonte, 30 de Setembro de 2012.  


Referências.

[1]. Newton Siqueira de Araújo Lima, “Eleições”. Portal “Barbacena Online”, 29 de Setembro de 2012 [http://www.barbacenaonline.com.br/noticias.php?c=9548&inf=11].

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